Gosto
de poesias. Gosto muito, é verdade. Gosto de música calminha de vez em quando,
dançar algo juntinho, assistir filmes românticos e imaginar como seria se fosse comigo. Sou
apaixonada pelo amor de antigamente, sabe? Por pessoas que falam baixo, que
gostam de música boa, que citam livros, pessoas inteligentes. Sabe essa gente
que parece que saiu de um filme? Então! Sou apaixonada por elas.
Mas
às vezes quem nos encanta é aquele que fala alto, que ri o tempo todo, que faz
piadas ao invés de poesias. Não nos faz sentir como se vivêssemos em um filme não,
ao contrário, faz nos sentir cada vez mais real.
Eu tenho uma mania engraçada de olhar para as pessoas e imaginar como é o mundo de cada uma delas. Eu observo seu rosto, seu corpo, seus olhos e a maneira como se veste e anda. A maioria entre todas essas pessoas tenta parecer normal, com sua cabeça erguida sem deixar escapar qualquer denuncia de dor. Porém, quando as imagino, eu consigo ver um passado assombrado, com lágrimas e dores, desafios e armadilhas que a vida lhe pregou. Como aquela moça sentada na última cadeira do ônibus, por exemplo, com a cabeça encostada na janela, ouvindo alguma música no seu fone de ouvido, usando óculos escuro deixando incapaz ver seus olhos. Imagino que ela já amou alguém e não foi correspondida, mas aquilo não chega a doer tanto quanto ver seu pai, um homem já vivido de cabelos brancos, deitado em uma cama branca do hospital próximo a sua casa, tão próximo de ir embora pra sempre. A música que ela está ouvindo a traz algumas lembranças boas, como quando ela era criança e seu pai comprou a bi
Se esconde do sol, do céu, não entra no mar Corre, se esconde, fecha as portas e as janelas, não respira o ar A luz do sol amarela, não deixa entrar Vai pra longe, corre Só corre, socorre Corre da beleza do dia, isso enlouquece Corre do sol do dia que te aquece.. É tudo uma doce ilusão de felicidade Corre, se esconde Pois a tristeza vem sempre ao longe.
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